Construção de um Dragão Chinês ou “LUNG” (龍 em chinês tradicional) para o desfile de Carnaval
As histórias que se contam acerca de dragões e outros animais fantásticos encontram-se envoltas de mistério, magia e manifestam-se como fontes de verdadeira inspiração e entusiasmo, mais facilmente para as crianças, e, um pouco mais dificilmente, para os adultos, a não ser aqueles que se sabem entregar verdadeira mente ao sonho e ao voo e, assim, imaginar sem limites.
Nas crianças, com as quais convivo diariamente, este processo associado a uma extraordinária simplicidade e sinceridade, aglutinadas por uma pura inocência, que felizmente para muitos ainda não se desvaneceu, assume-se como um poderoso instrumento de motivação para as aprendizagens.
Porque não sei muito sobre dragões, embora estes me fascinem, resolvi fazer algumas pesquisas, das quais, de forma abreviada resultou o seguinte texto, algo fantasiado (para motivar), mas baseado nos valores orientais, para quem este ser mítico muito representa:
Existem diversas características que diferenciam os Dragões Orientais dos Dragões Ocidentais. Além das diferenças físicas, a relação com o ser humano também é muito diferente. Os Dragões Ocidentais eram vistos como monstros e grandes ameaças para a população. Por outro lado, os benevolentes Dragões Orientais “Lung” são considerados grandes aliados da humanidade. Os orientais acreditam que os dragões trazem boa sorte às pessoas. A aparência de um dragão Lung deve ser assustadora e audaciosa mas terá de demonstrar uma disposição benevolente.
Lung Chinês ( Draco Orientalis Magnus), Ilustração do Livro Dragonologia - O mais completo livro sobre Dragões, Livros Horizonte
O Lung, representado nas danças tradicionais, é uma longa serpente com um corpo que pode chegar aos 25 ou 35 metros, para os modelos mais acrobáticos e a mais de 50 a 70 metros para os maiores dragões. Acredita-se que quanto maior for o dragão, mais sorte trará. Para além disso o Lung é ainda a combinação de muitos animais, possuindo chifres de veado, orelhas de touro, olhos de coelho, garras de tigre e escamas de peixe, tudo num corpo de uma serpente muito longa. Com estes traços, acredita-se que os dragões eram anfíbios com a habilidade de se mover na terra, para voar e a nadar no mar, reger os papéis de reguladores das nuvens, da chuva e do clima em geral. A sua representação mais comum é a do dragão de 4 patas, cada uma com 4 dedos para frente e 1 para trás, o dragão imperial, ou carregando uma pérola numa das patas chamada de Yoku (元氣) pela antiga lenda chinesa - "dragão das águas marinhas".
Em festivais orientais o Lung é frequentemente venerado com danças de dragões. Em certas ocasiões são realizados festivais que incluem frequentemente danças com marionetas de dragão. Estas marionetas são feitas de pano e madeira e são manipuladas por uma equipe de pessoas. Elas carregam o dragão através de varas e executam movimentos coreografados com acompanhamento de música e tambores.
A dança do dragão é executada por uma hábil equipa cujo trabalho é dar vida ao dragão. Os dançarinos levantam, mergulham, empurram, e movem o dragão ou “espírito do rio” através de movimentos ondulados e sinuosos. Alguns arranjos da Dança do Dragão são a "caverna de nuvem", "redemoinho de água", "costurando dinheiro”, "dragão que circunda a coluna" e, "dragão que persegue a pérola". O movimento "dragão que persegue a pérola" mostra que o dragão está continuamente em busca da sabedoria.
A Dança do Dragão, Ilustração do Livro Dragonologia - O mais completo livro sobre Dragões, Livros Horizonte
A Proposta de trabalho, para uma turma de alunos de 5º Ano, refere-se à elaboração de um Dragão Chinês.
Para a execução do projecto os alunos desenharam, na metade esquerda de uma folha A3, que prepararam previamente com esquadria e grelha de identificação, as várias propostas para o dragão tendo em conta as descrições do texto acima apresentado.
De seguida os alunos pintaram as propostas e escreveram a lista de materiais a utilizar. Por fim desenharam e pintaram a rigor o dragão final na metade direita da folha de projecto.
Neste momento, envoltos em grande entusiásmo e azáfama, encontra-mo-nos na execução do "Lung Chinês" e assim que estiver pronto apresentar-vos-ei os resultados.
Comentários
Moro no Brasil e participo do movimento escoteiro desde os 12 anos, hoje com 19 ajudo na alcateia e é sempre um desafio achar novas e interessantes atividades para auxiliar no desenvolvimento das crianças.
Mais uma vez parabéns pelo trabalho.
Obrigado e ainda bem que gostaste;)
Pretendo, no meu blogue, divulgar algumas actividades que vou desenvolvendo com a malta mais jovem, na escola e tambem nos escuteiros. algumas experiência que queiras tansmitir estás 100% à vontade
Beijo e uma saudação escutista:)))
Um tempo atras tivemos uma ideia, porem não conseguimos por-la em pratica.
Seria algo como uma troca de correspondencias com lobinhos de outros paises. Não sei se estaria interessado, os lobinhos aqui do Brasil escreveriam cartas e mandariam fotos para os lobinhos aí de Portugal e vice-versa. Mas não seria apenas uma vez, seria legal se o projeto se estendesse por pelo menos 6 meses, talvez uma carta por mes, para que eles realmente se conheçam e conheçam um pouco da cultura um do outro.
Deixo meu e-mail para que possamos trocar esperiencias e quem sabe até tocar este projeto.
camila.osternack@fae.edu
Antes de mais, mil desculpas por só agora estar a responder, andei um tempo ausente e só agora li o teu comentário.
Creio que essa ideia de pôr os lobitos em contacto é muito interessante e possível.
Fiquei muito interessado na tua proposta e vou certamente contactar-te por email.
Um beijinho e saudações escutistas:)))